FUTEBOL E SUAS ORIGENS

Por Camilla Gomes
 

(Fonte: Internet).

            Conhecido também por paixão nacional, o futebol é um jogo que mobiliza a paixão de diversas pessoas espalhadas pelo mundo. Ganhando destaque ímpar no mundo dos esportes, a Copa do Mundo de Futebol é considerada o maior evento esportivo do planeta. Porém, todo esse destaque dado a esse esporte coletivo, remonta uma história bastante longa.

            A origem desse esporte possui diferentes versões. De acordo com algumas pesquisas, o futebol tem suas primeiras manifestações na China, por volta de 2500 a.C. Com a morte de seus inimigos, os soldados arrancavam-lhe as cabeças e faziam um divertido jogo usando o crânio deles como bola.

            Outros estudiosos atribuem a invenção do futebol à civilização maia. Diferente do futebol que se têm hoje em dia eles se dividia em duas coletividades, e os times deveriam acertar um aro fixo, e não propriamente um “gol”. A disputa era tão intensa que o líder do time derrotado era punido com a morte.

            O Soule, como era chamado, era disputado na França durante a Idade Média. O jogo tinha a presença de 27 jogadores, com funções distintas como corredores, atacantes, defensores e sacadores. O antigo modelo de um “suposto futebol” tinha como regras válidas os socos, pontapés, rasteiras, entre outros golpes violentos. A disputa agradava até mesmo a realeza francesa e o Rei Henrique II apoiava a prática.

            Ainda na Idade Média, surgiu na cidade de Florença, na Itália, outro jogo, chamado Gioco del Calcio ou Calcio Fiorentino. O esporte tinha aspectos do Soule, violento como ele e contava com a participação de 27 jogadores. Era praticado em praças, onde em cada extremidade tinha dois postes paralelos e o objetivo era levar a bola até esses postes. Quando a Itália era dominada por duas facções políticas de aristocráticos, houve a primeira competição entre italianos em 1529, as equipes podiam jogar tanto com os pés quanto com as mãos. Em 1580 Giovanni di Bardi, estabeleceu algumas regras. Agora o jogo não teria limites para jogadores, era necessários dez árbitros para controlar a partida, e a violência foi retirada quando o jogo acontecia em praças públicas.

            O século XIX assistiu o auge dos ideais racionalistas e progressistas. Com isso, diversas instâncias da vida cotidiana dos britânicos viriam a ganhar normas. Atingido por essa onda de normalizações, o futebol ganhou as suas treze regras originais que ainda influenciam grande parte das regras contemporâneas. Dotado de um conjunto de regras racionais, o futebol logo foi considerado um esporte prestigiado entre as elites financeiras e intelectuais da época. Porém, em pouco tempo, as agitadas massas operárias britânicas viriam a incorporar a prática do futebol. Sendo uma ótima atividade recreativa, e estabelecendo um espírito revolucionário da classe, o esporte começou a ganhar times de origem operária.

            Em um curto período de tempo, os primeiros times começaram a organizar campeonatos assistidos por um público cada vez mais apaixonado. Com a grande aceitação popular, os times começaram a investir em infraestrutura e na contratação de jogadores mais habilidosos. A noção empresarial começaria a dominar diversas instâncias desse lucrativo esporte.

            No Brasil, Charles Miller, considerado o “pai do futebol brasileiro” filho de britânicos nascido em São Paulo, trouxe da terra de seus pais o primeiro par de bolas e o livro de regras do jogo. Por toda a América Latina, a popularização do jogo britânico se percebeu com a criação de diversos times com nomes em inglês. Em pouco tempo, a propagação dessa prática desportiva pelo mundo deu condições para a criação da primeira Copa do Mundo de Futebol. O Brasil, hoje sendo considerado país do futebol, integra parte significativa do chamado “mundo da bola”.